“O animismo é um modo de apreensão do mundo, um modo de conduzir a existência e o pensamento”, diz Suely Rolnik, que neste vídeo fala acerca de uma subjetividade animista, pós-colonial, pensando os processos de subjetivação, onde acontece uma descentralização do “eu”, dos sujeitos, dos objetos, rompendo-se com o antropocentrismo e logocentrismo.
Estas ideias também estão ligadas aos primeiros escritos de Freud, o qual localizou a vida como uma espécie de “plasma germinativo”, sendo traduzida como um poder de diferenciação, de criação e que neste sentido nos proporciona movimento, outras possibilidades de combater ao mesmo tempo as forças reativas que nos atacam e impedem a efetivação desse processo.
Rolnik fala acerca da “repressão colonial” e comenta a resistência no plano micropolítico, destacando o movimento das tradições africanas, dos rituais de transe e os Orixás como um conjunto de poder singular. E a ideia de um agenciamento coletivo de enunciação, entrelaçado a um poder de contaminação, de convocação daqueles que compartilham o mesmo ambiente, capacitando-os a se expressarem a partir de um ponto singular que é ao mesmo tempo extrapessoal.