Em 1967, o psicanalista Jacques Lacan, durante uma primeira sessão de análise disse a um jovem:
“sempre viramos personagens da nossa própria história. A psicanálise nos permite acelerar o processo. Você adquire os efeitos de estilo, que podem ser interessantes. É a diferença entre um romance longo e um conto curto. Acho que a psicanálise vai lhe interessar por isso”.
Este jovem era Éric Laurent, o qual diz: “foi o que aconteceu, inclusive o gosto por contos”. Além do mais, ele se tornou psicanalista, realizou sua formação analítica com Lacan, acompanhando os ensinos nas diferentes instituições pela qual seu analista passou: do Hospital de Saint-Anne à Escola Freudiana de Paris e posteriormente na fundação da Escola da Causa Freudiana.
Destaco aqui algumas das dezenas de publicações do psicanalista Éric Laurent: “A batalha do autismo: Da clínica à política” (2014), “A crise do controle da infância” (2013) (publicado no livro “Crianças falam e têm o que dizer”), “O que nos ensinam os autistas” (2012), “Reflexões sobre a forma atual do impossível de ensinar” (2000), “Segregación y diferenciación” (1999), “Existe um final de análise para as crianças” (1994), “Les psychanalystes chez les enfants” (1978).
O trecho-relato completo de Éric Laurent está disponível no CANAL CLINICAND e faz parte do documentário “Um encontro com Lacan” [Rendez-Vous Chez Lacan, 2011] dirigido por Gérard Miller.