Lorena Rodrigues Guerini, psicanalista, psicóloga, mestre em Psicologia pela UFF e docente na Universidade Federal do Maranhã (UFMA). Além disso, realizou seu doutorado em Teoria Psicanalítica no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Abaixo encaminho resumo dessa TESE + sumário + link para acesso ao texto completo.
RESUMO
Na presente pesquisa investigamos o conceito de corpo sem órgãos, criado pelo filósofo Gilles Deleuze e desenvolvido em parceria com o psicanalista Félix Guattari, enfatizando as consequências que esse conceito pode trazer para a psicanálise.
O corpo sem órgãos surge em vários momentos diferentes da obra dos referidos autores, sempre imerso em um profundo diálogo crítico com a psicanálise, principalmente com as obras de Sigmund Freud, Melanie Klein e Jacques Lacan.
Diante desse conceito colocamos a seguinte interrogação: podem as críticas e criações teórico-práticas de Deleuze e Guattari, particularmente aquelas vinculadas ao corpo sem órgãos, nos ajudar a repensar questões importantes para a psicanálise?
Para responder a essa pergunta, considerando a complexidade do conceito e seu caráter multifacetado, decidimos cartografar suas várias aparições, analisando-as a partir dos problemas colocados no diálogo com a teoria e a clínica psicanalítica.
Enfocamos três questões a partir das quais o conceito se desdobra – a saber, a questão da história da psicanálise, da concepção de corpo e de linguagem – as quais nos dedicamos de maneira mais aprofundada ao longo de cada um dos capítulos.
Nesse caminho de investigação tratamos de quatro casos crítico-clínicos, construídos partir de um diálogo entre psicanálise, filosofia e arte. Dois deles foram construídos por Deleuze e outros dois a partir de sua parceria com Guattari. Eles se referem às experiências com os corpos masoquista, histérico, esquizofrênico e drogado, e iremos através deles extrair as implicações práticas do conceito de corpo sem órgãos.
