Em 1986 o cineasta François Pain realizou a gravação de um curta-metragem (20min) juntamente com seus amigos. A proposta foi colocar Félix Guattari em livre associação no divã, acompanhado pela psicanalista Danielle Sivadon.
Destaco aqui alguns pontos desse filme.
– Passagem por Saint-Alban:
Guattari conta sobre sua passagem por Saint-Alban no inverno de 1956 – local onde se internou (durante um mês), “pois realmente queria ter atestados incontestáveis” para não ser convocado para guerra da Argélia.
– La Borde e Militância:
Segundo Guattari, ele começou a trabalhar em La Borde como um militante, organizando atividades, reuniões, oficinas, agendas. “Mais ou menos como organizava grupos de jovens, dos núcleos de grupos políticos nos quais estava implicado”.
– Tosquelles:
Para ele, Tosquelles sempre se posicionou como um militante político. “Insisto, não é que transporte ideias políticas, mas o seu modo de ser em qualquer situação, é político” diz Guattari.
– Lacan:
Também não deixa de mencionar Lacan, pois diz que ele “deixou os “objetos pequeno a” colar demais nos objetos parciais freudianos”. E que “gostaria de aproximá-los muito mais dos objetos transicionais de Winnicott” ou do que chamou de “objetos institucionais, mais além dos operadores de produção de subjetividade”.
Enfim, existem muitos outros pontos não destacados, mas deixo o convite para assistirem ao vídeo completo (antes havia encontrado apenas um trecho desse filme) que foi publicado no Youtube.com/clinicand
A revisão da tradução foi realizada por mim e Peter Pál Pelbart, e também criei a legenda.